«Mas Bento XVI, quer como Joseph Ratzinger, quer como Papa, sabia muito bem que para defrontar a competição com a descrença no mundo contemporâneo, era preciso resistir ao "progressismo" que descaracterizava a Igreja, a tornava numa variante profética do marxismo na "teologia da libertação", abrindo-a de forma perversa a um mundo que se tinha feito contra ela e sem ela, e que acabaria por a dissolver no "século" sem diferença. A resistência à "modernidade", e foi o próprio Ratzinger que o lembrou, é mais moderna e interpela mais a descrença, do que a contínua cedência ao "mundo" secular, aos seus hábitos e costumes».
José Pacheco Pereira
in Público, 2 de Março de 2013.
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