Quinta-feira é o dia



«Amor Combate», Linda Martini.

Sigo os Linda Martini desde Olhos de Mongol. Na altura mudaram completamente a paisagem musical em Portugal. Com uma abordagem crua e violenta, estavam longe da sonoridade imediata que se ouvia. Talvez involuntariamente, foram uma espécie de porta-estandartes de uma nova geração do rock que surgiu a tocar e a cantar em português. Hoje, com três discos editados (Turbo Lento saiu no final de 2013, mas para mim Casa Ocupada continua a ser o melhor), o respeito da crítica e uma fiel legião de fãs, são praticamente uma instituição. Há quem lhes cole o rótulo de pós-rock, embora eles odeiem a expressão. Eu também não gosto. Todos os elementos partilham a passagem pelo hardcore e essa herança continua ainda presente, a vários níveis. E embora a sonoridade se tenha tornado mais polida, nunca perdeu o ímpeto de outros tempos. Inexplicavelmente, ao longo destes anos nunca surgiu oportunidade de os ver ao vivo. Até agora. Na próxima quinta-feira vou estar na cave do Lux para um concerto esgotadíssimo que promete ser memorável. Espero que não esqueçam as origens. Como este «Amor Combate».

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