Através do Malomil, cheguei a esta fotografia fabulosa. Trata-se de um retrato da guerra civil espanhola que não conhecia e que, na verdade, só foi resgatado aos arquivos da agência de notícias EFE em 2002. A imagem foi captada pelo fotógrafo Hans Gutmann nos primeiros dias do conflito, a 21 de Julho de 1936, no topo do Hotel Colón, junto à Praça da Catalunha, em Barcelona. Durante o conflito o edifício serviu de sede ao Partido Socialista Unificado da Catalunha (PSUC) e em Junho de 1937 chegou a ser cenário de tiroteio, nos confrontos descritos por Orwell na sua «Homenagem à Catalunha», que opuseram o PSUC e os partidários dos soviéticos às milícias trotskistas e anarquistas. Após a guerra civil, o edifício foi ocupado pelo banco Banesto e actualmente alberga a loja da Apple. A personagem principal da fotografia, de rosto confiante e desafiador, é Marina Ginestà, nascida em Toulouse em 1919. Na altura com 17 anos, a jovem exercia funções de corresponde e intérprete na retaguarda republicana. Como grande parte das mais icónicas fotografias de guerra, a imagem foi encenada. Segundo declarações da própria Marina, disseram-lhe para subir ao terraço do hotel com o fotógrafo e deram-lhe uma espingarda, advertindo que teria de devolver a arma no fim da sessão. Curiosamente, Marina conheceu a fotografia apenas em 2006, depois do esforço de um repórter da EFE para identificar a jovem da imagem. Faleceu na última segunda-feira, em Paris, aos 94 anos.
Homenagem à Catalunha
Através do Malomil, cheguei a esta fotografia fabulosa. Trata-se de um retrato da guerra civil espanhola que não conhecia e que, na verdade, só foi resgatado aos arquivos da agência de notícias EFE em 2002. A imagem foi captada pelo fotógrafo Hans Gutmann nos primeiros dias do conflito, a 21 de Julho de 1936, no topo do Hotel Colón, junto à Praça da Catalunha, em Barcelona. Durante o conflito o edifício serviu de sede ao Partido Socialista Unificado da Catalunha (PSUC) e em Junho de 1937 chegou a ser cenário de tiroteio, nos confrontos descritos por Orwell na sua «Homenagem à Catalunha», que opuseram o PSUC e os partidários dos soviéticos às milícias trotskistas e anarquistas. Após a guerra civil, o edifício foi ocupado pelo banco Banesto e actualmente alberga a loja da Apple. A personagem principal da fotografia, de rosto confiante e desafiador, é Marina Ginestà, nascida em Toulouse em 1919. Na altura com 17 anos, a jovem exercia funções de corresponde e intérprete na retaguarda republicana. Como grande parte das mais icónicas fotografias de guerra, a imagem foi encenada. Segundo declarações da própria Marina, disseram-lhe para subir ao terraço do hotel com o fotógrafo e deram-lhe uma espingarda, advertindo que teria de devolver a arma no fim da sessão. Curiosamente, Marina conheceu a fotografia apenas em 2006, depois do esforço de um repórter da EFE para identificar a jovem da imagem. Faleceu na última segunda-feira, em Paris, aos 94 anos.
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Bela, carismática e desafiadora. Tanto a foto como a protagonista. (Que curiosamente ainda passou pela República Dominicana, e lá foi perseguida mais uma vez.) Uma vida mais interessante que a da maioria das mulheres da idade dela, certamente.
ResponderEliminarA senhora teve sem dúvida uma vida preenchida, cheia de histórias para contar. A fotografia, essa, tem tudo para se tornar um ícone da Guerra Civil de Espanha.
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