«I Bet You Look Good on the Dancefloor», Arctic Monkeys.
Através de um magnífico artigo do The Guardian, fiquei a saber que já passaram dez anos desde que os Arctic Monkeys lançaram o primeiro single. Os Arctic Monkeys são para mim um caso especial. Comecei a ouvi-los através de umas versões bootleg de qualidade duvidosa sacadas do eMule e desde logo fiquei apanhado por aquela banda de miúdos praticamente da minha idade. A partir daí nunca deixei de os seguir com atenção, de tal forma que aconteceu algo curioso: à medida que a banda de Alex Turner evoluía do rock adolescente dos primórdios, que ilustrava o quotidiano com riffs de guitarra e calão de Sheffield, para uma sonoridade mais densa e mais negra, feita de sombras e ecos perdidos, também o meu gosto musical amadureceu, alargando horizontes num processo de crescimento paralelo. Pelo meio, tornou-se difícil enumerar as músicas que marcaram acontecimentos da minha vida. Hoje em dia, cinco álbuns depois, os Arctic Monkeys ainda são das bandas que mais ouço.