A indignação está na moda

Hoje foi um grupo de estudantes, acompanhado de um deputado do Bloco de Esquerda, que ocupou a cantina da Universidade de Lisboa na Avenida das Forças Armadas, em protesto contra o anunciado encerramento das instalações. É o regresso ao Fascismo e à Educação reservada para os ricos? Não. Parece que «oito em cada dez alunos que usufruem de uma das cantinas da Universidade de Lisboa (UL) pertencem à instituição vizinha, ao Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE)», do Instituto Universitário de Lisboa (IUL). Nem está em causa a incompreensível existência de quatro (4!) universidades públicas em Lisboa, cada uma com os seus próprios Serviços de Acção Social (SAS). Acontece que os SAS da Universidade de Lisboa estiveram anos a fio, e até agora, a subsidiar um serviço utilizado por estudantes de outra escola. Parece fazer todo o sentido que a cantina seja encerrada, de forma a que os recursos sejam direccionados de forma mais eficiente para os alunos da instituição. Parece? Pelos vistos, há quem não compreenda. Ou não queira compreender.

2 comentários:

  1. Amigo João F., assim só para quem é de fora e não conhece essas dinâmicas de cantina, podias dizer-me se os "outros alunos" que frequentam esse refeitório têm onde tomar as suas refeições nas respectivas instituições?
    Se sim, a que se deve essa errância dos alunos pelas várias cantinas?

    Um abraço forte!

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    1. Pelo que sei, apesar de relativamente pequena para a quantidade de alunos, existe uma cantina do ISCTE. Apesar das cantinas com refeições a preço social serem suportadas pelos Serviços de Acção Social das Universidades, estão abertas a toda gente. Em certos casos, grande parte dos utilizadores deste serviço não pertencem à Universidade e muitos deles não são sequer alunos do Ensino Superior. Ou seja, os recursos dos Serviços de Acção Social, que deveriam ser direccionados para o apoio dos alunos da instituição, são desbaratados a servir refeições a 2,40 euros. Abraço.

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